VICIADOS EM CORRIDA: Conheça os fatores físicos que levam à perda de rendimento na prova

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Conheça os fatores físicos que levam à perda de rendimento na prova

Nem sempre a quebra é resultado de um treinamento ruim. Muitas vezes ela ocorre por pequenos deslizes cometidos pelos competidores antes ou durante a competição

 

A "quebra" é um termo comum entre os praticantes da corrida, mas afinal o que ele significa e por que ocorre? A quebra é uma perda de rendimento que pode ocorrer por razões físicas e psicológicas em qualquer momento de uma competição ou treinamento.
 
Mal começou a prova e aquela sensação de dor nas articulações começa a acometer o corpo, a vontade de fazer xixi atrapalha a concentração e é frustrante ver os outros competidores fazendo a ultrapassagem. Alguns esportistas se identificam com essa situação e acabam colocando a culpa no treinamento.
Quebra pode ser ocasionada por alimentação inadequada. Foto: Cultura/ZUMAPRESS/Fotoarena
Quebra pode ser ocasionada por alimentação inadequada. Foto: Cultura/ZUMAPRESS/Fotoarena
Saiba que esses são alguns sintomas que um grande deslize ocorreu na hora da prova, alimentação ou hidratação, mas não propriamente no treino. A quebra pode acontecer com qualquer um, mas raramente ocorrerá com quem treinou adequadamente. 

Fora dos planos - “O principal fator de perda de desempenho é executar coisas que não foram treinadas. Aumentar a velocidade para diminuir o tempo pode ser uma boa ideia no início, mas quando o final do percurso se aproxima, o corpo começa a cobrar”, conta o fisiologista do exercício e professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Paulo Roberto Correia. De acordo com ele, a competição é uma prova do que se treinou. 

Outro fator que costuma atrapalhar a performance é a ingestão de alimentos, bebidas ou suplementos que o corpo não está habituado. “Para relaxar o músculo, muitos decidem fazer uma massagem profunda antes de um grande evento. Acontece que essa tensão colocada no músculo pode causar desconforto nos primeiros dias, comprometendo o resultado”, explica Paulo.
Energéticos não melhoram o resultado. Foto: Cultura/ZUMAPRESS/Fotoarena
Energéticos não melhoram o resultado. Foto: Cultura/ZUMAPRESS/Fotoarena
Dentro da squeeze - Para aguentar o esforço produzido pelo corpo, a hidratação é fundamental, mas nem sempre ela é feita da forma adequada. “Não adianta querer tomar bastante água na linha de largada. A hidratação é algo que tem que ser feita diariamente, sempre acompanhada da ingestão de vitaminas e sais minerais presente na comida e isotônicos”, ressalta o fisiologista.

Além disso, correr com a barriga cheia de água pode causar desconforto, mas a falta de hidratação também pode ocasionar problemas. “Alguns corredores optam por não tomar água para evitar a sensação do líquido chacoalhando no estômago. Esse é só mais um motivo para a diminuição do rendimento”, completa o profissional. 

De cama - A sequência de provas e treinamentos pode ocasionar a baixa da imunidade do organismo, facilitando a entrada de alguns vírus, principalmente o da gripe. Depois de ficar um tempo longe dos pares de tênis, a melhor escolha é voltar aos treinos antes de voltar às competições. “Esse caso ocorre da mesma forma no atleta de final de semana: o corpo perde toda a potência e precisa ser revigorado novamente”, diz Paulo. 

Para os corredores teimosos que não abandonam a competição mesmo depois de uma lesão, a recomendação é a mesma. “Nesse caso, ou ele termina a prova com o problema agravado ou começa a sentir fortes dores na reta final e abandona o percurso”, conta o fisiologista. 

Energéticos - Gel de carboidrato, isotônicos e energéticos são praticamente itens básicos no “coquetel” de preparação para provas de grande distância. Enquanto os dois primeiros realmente ajudam o organismo a se recuperar, o último somente ilude o atleta. 

“Energéticos aceleram o ritmo cardíaco e a oxigenação no sangue, por isso dão a sensação de que o corpo consegue correr mais do que realmente aguenta”, afirma Paulo. Esse sintoma faz com que os músculos sejam estressados ao extremo, levando à quebra. 

Por Rafaela Castilho

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