VICIADOS EM CORRIDA: Corrida de Rua por Maurício Garcia

sábado, 7 de dezembro de 2013

Corrida de Rua por Maurício Garcia

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A corrida de rua vem se apresentando uma modalidade esportiva popular, com grande número de adeptos tanto profissionais como amadores e porque não dizer, recreacionais, por ser um esporte de baixo custo e de fácil adaptação, porém essas facilidades podem se tornar prejudiciais quando sem orientação e realizado de forma inadequada, levando assim a um aumento na incidência de lesões associadas à sua prática.

Os trabalhos que buscam esclarecer a etiologia de seus riscos, são escassos, e o interesse da literatura internacional não tem se restringido exclusivamente aos corredores de elite, mas também às pessoas com atividade de treinamento moderado, denominados, corredores amadores ou recreacionais com prevalência variando entre 14 e 50% ao ano.

Nenhuma pessoa se move da mesma forma e cada um tem suas próprias características e particularidades. O tipo de pé não determina o tipo de pisada, apesar de haver alguma relação entre as duas avaliações, uma vez que o pé é a interface com o solo durante marcha, as diferenças na estrutura do pé podem resultar em diferenças na mecânica de todo o membro inferior.

Na biomecânica normal da corrida, a face lateral do pé toca o solo primeiro, com a tíbia em rotação externa. Durante a fase de apoio, o peso do corpo é distribuído ao longo do pé e a tíbia realiza rotação interna, levando a uma rápida inversão e pronação do calcâneo, que dissipa as forças de contato, essas forças variam de aproximadamente 1,5 a 5 o peso corporal. Corredores tocam o pé no solo aproximadamente 600 vezes por km. Já a biomecânica da corrida de longa distância se difere pela a distância percorrida, diferença de superfície e características da prova.
Essas cargas mecânicas possuem dois aspectos importantes: primeiro, a intensid
ade da carga, neste caso o estresse local durante um ciclo da passada, e segundo, o volume da carga, ou seja, o número de repetições dessas cargas, ou ainda a freqüência de passada e o tempo de duração com essa freqüência de estresses.

Um dos mecanismos mais freqüentes de lesão em corredores é o uso excessivo (overuse). Provavelmente, se relacionam com quaisquer alterações na biomecânica da corrida, e mesmo a ocorrência de lesões traumáticas parece estar relacionada à disfunção da marcha, principalmente devido à perda da habilidade de adaptação à superfície. Foi o que HARDIN, 2004 observou em seu estudo que alterações cinemática tanto pode ocorrer como uma resposta direta às condições mecânicas ou alteradas ao longo do tempo como adaptações ativas.

HjrelJac, 2000 afirmou que todas as lesões por overuse são erros de treinamento, pois o atleta deve ter excedido seu limite de distância percorrida e/ou intensidade. E que as forças que são repetidamente aplicadas ao corpo abaixo do limite de resistência e em tempo de recuperação adequado podem levar ao remodelamento positivo de uma estrutura. Por outro lado, se houver insuficiência no tempo de descanso entre as forças aplicadas podem resultar uma lesão de esforço.

Alguns autores correlacionam essas lesões com fatores associados como a idade, sexo, IMC, freqüência e volume de treinamento, lesões anteriores entre outras. Porém há divergências sobre quais e como esse fatores podem influenciar no aparecimento ou agravo dessas lesões. Estudo recente observou que o aumento do volume de treinamento não é acompanhado do aumento da freqüência de lesões, o que diferente da literatura. Fredericson, 2007 que afirma que corredores de longa distância são um dos maiores fatores de risco associados à lesão, assim como qualquer aumento súbito de quilometragem, ou na alteração no volume de treino ou intensidade. Sendo o treinamento é um fator de risco modificável, corredores não devem ultrapassar 64 km/semana.

Middelkoop, 2007 e vários outros estudos relatam que episódios de lesão anterior seja um fator de risco para lesões futuras em corredores, devido a uma recuperação pobre.

O local mais afetado na extremidade inferior de longe é a articulação do joelho (50,0%), seguido do pé (39,3%), parte superior da perna (38,1%) e perna (32,2%). E os locais menos acometidos foram os  tornozelo (16,6%) e do quadril / pelve (11,5%).

Em conclusão de uma revisão, ELLA W, 2009 relata que a redução da distância, freqüência e duração de corrida pode prevenir lesões musculares da extremidade inferior associados à corrida.
A falta de informação pode ser considerada como importante fator para a gênese das lesões desportivas, conseqüentemente, o entendimento dos fatores predisponentes contribui de forma significativa para prevenção das mesmas.

Este estudo busca na literatura recente informar as principais lesões provenientes da corrida de rua correlacionando os fatores de risco juntamente com conhecimento do tratamento preventivo.
Bons treinos!
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